29 de jan. de 2012

DECIÇÕES I



"... Crer em você, seguir o seu raciocinio mesmo que o seu coração diga não...
Sua cabeça, é seu guia e esse o seu lado racional, sabe o que é bom para você...
Seu coração é covarde, tem medo, medo de não amar de novo, não acredita que essa possa ser a decisão certa, mas sua vida é feita de atitudes, atitudes que nascem na sua cabeça e esses pensamentos racionais nascem das da forma sob qual você guia a sua vida...
É encorajado por esses pensamentos que você, mesmo sabendo da dor que o seu lado emocional sentirá, parte para a lógica em busca do seu bem interior, da sua felicidade..."

 JONATAS SILVA MACEDO

19 de jan. de 2012

TUDO O QUE EU QUERIA



Tudo o que eu queria era ter um mundo meu, fechado para os meus sonhos, viagens e realizações...
Dentro desse mundo queria ter uma casa, sem muito requintes, apenas com um espaço onde eu pudesse sonhar... Fantasiar, realizar..
Tudo eu queria era ser acordado pela luz do sol entrando pelas frestas da minha janela...
Abrir os olhos e sorrindo, observar os barulhos dos pássaros lá fora...
Queria sair do quarto e ainda de pijama me sentar em uma mesa onde o aroma do café invadisse a cozinha e o sabor do pão caseiro me fizesse sentir uma antiga nova sensação do  misto de saudade, felicidade, realidade, sonho e imaginação...
Queria morar ao lado de um parque onde todas as manhãs eu caminhasse de pés nus sobre as suas gramas e sentisse toda a leveza da sensação de flutuar...
Queria que dentro desse parque houvesse um mar onde eu me sentasse todas as tardes para ver o por do sol e enquanto o observava sumir no horizonte, sentisse bater no meu rosto a brisa gélida vinda do mar saudando os primeiros raios da noite...
Não queria me privar da realidade, das minhas responsabilidades ou da minha cidade ...
Eu só queria viver mais e morrer menos...
Queria chegar em casa e num quintal coberto de grama me deitar sentindo a sombra da minha realidade corrida ceder espaço para o barulho do vento, do som dos pássaros, das folhas das arvores...
Queria observar o céu e mergulhar no seu mar infinito, navegar entre as suas ondas de nuvens e nesse mundo particular de uma realidade sonhadora,  brincar de ser poeta...
Criar poesias inspiradoras...
...inspiradas naquilo que eu não vivi, que não vivo, mas que queria viver...

Jonatas Silva Macedo


17 de jan. de 2012

CRER E AMAR A DEUS



  Há tempos, me pego pensando sobre qual seria a verdade sobre a adoração e o temor que devotamos ao Deus cristão...
Logo que passamos a compreender as palavra humanas, ouvimos falar sobre um Deus que criou o céu, a terra, o universo e tudo o que neles habita. Esse mesmo Deus, centenas de anos mais tarde, envia a terra o seu único filho, para que na forma humana, vivencie todas as nossas sensações e por fim morra para que nós possamos um dia, subir ao céu, lugar onde ele vive, e assim como ele se fez humano, nós nos tornarmos santos, pequenos cristos....
    O que me intriga nessa magnifica história, é a sua segunda parte, onde fica claro que qualquer ser humano que ousar desacreditar de tais fatos mencionados e não adorar, seguir os mandamentos impostos por esse Deus, será condenado a viver eternamente em um lugar de tormenta, onde a há dor, tristeza, choro e ranger de dentes; o inferno.
    Mas para a frente, no seqüencial dessa história, esse mesmo Deus entrega a cada ser humano, um poder de escolha, denominado livre-arbítrio. Junto com essa chance de escolha, nos vem uma alerta: “Todas as coisas me convém, porém nem tudo me é licito” Ou seja, essa liberdade de escolha se limita as vontades impostas as crenças cristã.
    Mediante a todos esses relatos, os homens tende à fazer uma escolha, servir à Deus, ou procurar outras crenças religiosas e condenar as suas almas ao inferno.
    Entretanto, não há comprovações cientificas de que realmente exista um céu, ou um inferno, nem de que tudo foi criado por um Deus. A lei da criação se baseia na teoria de Darwin. Mesmo sem provas reais de que tudo foi criado por um Deus, a maioria da humanidade não ousa pagar para ver; eles juram amar a Deus sobre todas as coisas, dizem ansiar pelo dia em que irão para o céu encontrar com o seu cristo, abraçá-lo e então viver em um paraíso. Há um trecho no livro: Se eu pudesse viver minha vida novamente – Rubem Alves, que diz: “...Não conheço nem uma pessoa que esteja ansiosa por deixar as pequenas alegrias desta vida para gozar eternamente a felicidade celestial perfeita. As pessoas religiosas que conheço cuidam bem da saúde, caminham, fazem hidroginástica, controlam o colesterol, a pressão, a glicemia... Elas querem continuar por aqui. Não querem partir...” O que concluo com essa observação, a qual faço minhas palavras, é que não há um verdeiro amor por Deus, uma verdade nessa tal ansiedade em ir viver no paraíso, o que há é um medo de que na hora da nossa partida sejamos banidos para o inferno.
    Se privar daquilo que realmente quer fazer, viver temendo a sentença que lhe será imposta quando deixar de viver, não é viver. Mentir dizendo amar um deus, abraçar uma causa na qual não se tem prazer, é covardia. A realização pessoal está em fazer o bem, sem querer nada em troca, sem querer agradar um deus para que no futuro ele te poupe de uma condenação infernal. Crer em Deus é acreditar nos seus sonhos, é buscar suas realizações, é se arriscar, lutar, insistir. Crer em Deus é não temer, é viver, não vegetar... Amar a Deus é amar a vida, as coisas que na vida há. Amar a Deus é não julgar, não apontar, não se importar. Amar a Deus é não temer, é não passar a vida inteira, na tormenta da incerteza sem saber qual sorte terá quando essa vida deixar. Crer em Deus, não é crer no céu ou no inferno, é acreditar que se estamos em vida temos que viver, viver intensamente, sem levar tão sério tudo o que os livros juram ser a mais pura verdade.

Jonatas Silva Macedo