Ao som do batuque o menino saiu.
Não quis aceitar o destino oferecido aos jovens da
periferia.
Quis mudar, tocar, cantar, dançar e encantar a todos com o
seu ritmo.
Selecionou algumas sementes e as lançou na terra.
Com esforço, empenho e dedicação, logo essas sementes germinaram
e as primeiras batucadas foram ouvidas e aplaudidas em pé pela plateia
empolgada.
Concentrados de um lado do palco, parte do grupo canta num
mesclar de músicas e sorrisos.
Na frente os dançarinos são simples, ágeis... O seu gingado
afro é fenomenal, fascinante.
Logo atrás, os batuqueiros tocam seus tambores, pandeiros e percussão.
O som do batuque combate a violência.
Encanta a todos que o vê.
Remete-nos a um mundo melhor.
Onde a fantasia e a realidade se fundem.
Onde o medo e o pré-conceito desaparecem.
No Batuque Art
todos são iguais.
Brancos e Pretos.
Ricos e Pobres.
Gordos e Magros.
O Batuque é assim, todo feito de música e esperança.
JONATAS SILVA MACEDO