5 de nov. de 2010

Vivendo sem Máscaras



Cresci...
Já não posso mais viver uma vida que não é minha...
Foi difícil compreender a minha diferença, difícil entender que não sou como os outros.
Por diversas vezes, no meu processo de aceitação, procurei camuflar a minha realidade, tentei me adaptar em um mundo que não era o meu, tentei ser comum, igual; “normal” como todos os outros.
Mas o que é ser normal?
Se ser normal é viver como os outros querem que você viva, eu terei que continuar nessa vida de mentiras...
Mas porque mentir, se um dia me ensinaram que mentir é algo errado?
Não vou mentir...
Não viverei em um personagem que as pessoas teimam em me dar para interpretar...
Será que eles mudariam suas vidas por mim assim como querem que eu mude a minha por eles?
Acho que não...
Não há como mudar a realidade.
Não há como ser feliz se privando da felicidade, da sua verdade.
Serei o que sou.
Como sou.
Só cabe as pessoas me aceitarem ou me julgarem de acordo com seus conceitos arcaicos...
Sinto por aquela que me criou, a quem chamo de mãe, e por aqueles que cresceram comigo, os meus irmãos.
Sinto por não corresponder e suas expectativas e ter me revelado diferente deles, apesar de cultivar a doutrina pela qual me ensinaram.
Me dói ter que me afastar de muitos que eu amo, por eles não me aceitarem como sou, não saberem conviver com o fato de eu ser diferente.
Me despeço de todos aqueles que me acolheram em um mundo que não era o meu.
Me acolheram por achar que eu fazia parte dele, por acreditarem que eu era como eles.
Me afasto de todos aqueles que não aceitam a minha verdade, e convido todos aqueles que não me julgam, por não ser como eles, a visitarem o meu mundo, conviver com os meus, no meu mundo eles vão perceber que apesar de “diferentes” somos iguais.


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